“O vício é como a flecha: facilmente se introduz, mas
dificilmente se extrai” (Paul Albert).
As
drogas – substâncias químicas psicoativas – têm efeitos conhecidos no corpo
físico, causando lesões físicas, psíquicas e também neurológicas.
Já
a consequência dessas drogas na alma humana é pouco conhecida.
André
Luiz afirma que “os neurônios guardam relação íntima com o perispírito”.
Isso ocorre porque o perispírito (corpo espiritual ou astral) é de substância
vaporosa, semimaterial. Então, se as drogas causam lesões neurológicas, elas
vão, por conseguinte, prejudicar também a alma do drogado.
Numa
Cracolândia a egrégora (nuvem energética coletiva) é de baixa vibração eletromagnética.
Por isso, atrai falanges de seres trevosos, de inteligências satânicas e
demoníacas: monstros, dragões, vampiros... Além de sombras, formas astrais,
bacilos, larvas, bactérias, fungos, vibriões, miasmas, que tornam o seu
ambiente espiritual num verdadeiro pântano pegajoso e pútrido.
Vemos
por este lado oculto das drogas, que a personalidade do drogado é afetada de tal
maneira por seus obsessores que ele, no mundo espiritual, se vê apenas como uma
sombra. E, quando ainda nesta vida, passa muitas vezes a sofrer de uma
escravidão psíquica quase que irreversível, que aumenta a fortuna dos
traficantes, ao mesmo tempo em que cai como uma maldição nas famílias, que não
sabem como controlar essa situação.
Por
ser a droga uma arma facilitadora da corrupção moral, é preciso libertar os
irmãos que se encontram nesse poço sem fundo. Os que puderem fazer isso arregacem
as mangas, pois essa tarefa, além de ser uma visível prova de AMOR é a mais
pura forma de CARIDADE.
No
livro “Essas Mensagens... Esses Pensamentos...”, o autor, Jorge Luiz
Brand, relata o caso verídico de um jovem
de 19 anos, vítima do tóxico, que escreveu uma carta de adeus pedindo a seu pai
para divulgá-la a todos os jovens de seu conhecimento. Após o término da carta,
o jovem morreu no Hospital 23 de Maio, em São Paulo – Capital.
Acho que neste mundo ninguém procurou o seu próprio
cemitério. Não sei como meu pai vai recebê-lo; mas preciso de todas as forças
enquanto é tempo.
Sinto muito, meu pai; acho que este diálogo é o último
que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo... Sabe pai, está em tempo de o
senhor saber a verdade que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante
objetivo.
O Tóxico me matou. Travei conhecimento com meu
assassino, o Tóxico, aos 15 ou 16 anos de idade. É horrível, não é pai? Sabe
como nós conhecemos isso? Através de um cidadão elegantemente vestido; bem
elegante mesmo, e bem falante, que apresentou o meu futuro assassino: O TÓXICO.
Eu tentei recusar, tentei mesmo; mas o cidadão mexeu
com o meu brio dizendo que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada, não
é pai? Ingressei no mundo do tóxico.
No começo foram as tonturas, depois o devaneio e a
seguir a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Depois
veio a falta de ar, o medo, as alucinações; e logo após veio a euforia do pico
novamente. Eu me sentia mais gente do que as outras pessoas; e o TÓXICO, meu
amigo inseparável, sorria, sorria...
Sabe pai, a gente quando começa acha tudo ridículo e
muito engraçado. Até DEUS eu achava ridículo; e hoje, no leito de um hospital,
eu reconheço que DEUS é o mais importante de tudo no mundo e que sem a ajuda
DELE eu não estaria escrevendo esta carta.
Pai, eu só tenho 19 anos e sei que não tenho a menor
chance de viver. É muito tarde pra mim; mas, para o senhor – meu pai – tenho um
último pedido a fazer: mostre esta carta a todos os jovens que o senhor conhece
e diga a eles que em cada porta de escola, em cada cursinho de faculdade, em
qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante, que irá
mostrar-lhes o seu futuro assassino e destruidor de suas vidas, que os levará à
loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor, faça isso meu pai, antes
que seja tarde demais para eles.
Perdoa-me, pai... Já sofri demais. Perdoa-me também
por fazê-lo sofrer pelas minhas loucuras.
ADEUS,
MEU PAI.