Aquecendo a Vida

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O MILAGRE DO AMOR

“Milagre de amor não tem explicação, não necessita” (Jorge Amado).



Esta é uma história real que o Womans Day Magazine chamou de “O milagre da canção de um irmão”. E os médicos chamaram simplesmente de “milagre”. Faz parte de uma palestra de Divaldo Pereira Franco no 4º Congresso Espírita Mundial em Paris, França (Bicentenário de Nascimento de Allan Kardec). Eis a adaptação que fizemos neste momento em que a humanidade parece estar tão carente de amor.  
Como vêm – conta Karen – pertencemos a uma família abastada dos EUA. E meu filho é o primogênito. Por cinco anos ele foi o rei da nossa casa. Cinco anos após, eu fiquei grávida, e ao dar-me conta, fiquei preocupada, porquanto o filho quando vem com este espaço distante do outro, geralmente gera ciúme no primogênito. Fiz de tudo então para prepará-lo para a chegada do bebê.
No quarto mês, quando fiz a ultra-sonografia e soube que era uma menina, cheguei fascinada em minha casa, chamei Mark e disse-lhe:
− Meu filho, eu vou lhe dar de presente uma irmãzinha.
− Uma irmãzinha, mamãe? E onde ela está?
Peguei-lhe a mão e coloquei aqui na minha barriga.
− Mamãe! Aí dentro tem uma menina? Eu poderia cantar para ela?
Com meu consentimento, ele fechou os olhos, colocou a mão, e disse:
− Você é o meu sol. Eu sou um botão de rosa. Venha depressa me aquecer para eu desabrochar.
No oitavo mês fui levada de emergência para uma cesariana. E, quando despertei, o meu obstetra disse:
– Senhora, a menina vai morrer. Ela teve anóxia cerebral. Está com um problema de impulsos elétricos no coração e os pulmões não amadureceram suficientemente. Ela está na UTI neonatal do Hospital Saint Mary.
Ainda chocada fui vê-la. Respirava com dificuldade pelo pulmotor. Os visores denotavam uma vida quase artificial. Saí dali esmorecida. Em casa contei tudo ao Mark. Ele chorou e disse:
− Mamãe, leve-me para ver o meu sol.
− Filho, criança não entra na UTI.
− Eu não sei o que é, mas eu quero ver o meu sol.
Vesti-o com uma roupa mais folgada para dar a impressão que ele tinha quase seis anos ou mais. Quando chegamos à UTI e ouvimos a Assistente Social dizer que criança não podia entrar, ele põe a mão nos quadris:
− E por que não? Eu venho ver o meu sol!
– Olha menino, eu não estou vendo nada – disse a moça – e saiu.
Adentramos. Ele ficou ao lado do berço.
− Mamãe! Ela é uma boneca! Eu posso cantar pra ela?
Consenti. Ele introduziu a mão até o coraçãozinho com eletrodos, fechou os olhos e começou a cantar bem baixinho:
− Você é o meu sol. Eu sou um botão de rosa. Venha depressa me aquecer para eu desabrochar. Você é meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...
Ela tremeu. Com esforço inaudito, pareceu mover-se. A enfermeira assustada julgou ser convulsão. Fiquei estática e Mark cantava mais ainda:
Você é o meu sol. Você não sabe querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora... Você é o meu sol...
Ela moveu-se de novo e a enfermeira disse:
− O coração está batendo regularmente. Vou buscar o médico.
Eu insistia para que Mark continuasse cantando. Quando o médico olhou... Um milagre! Os ciclos cerebrais, os batimentos cardíacos...
− O que se passa? Ela está dormindo! Não desligaremos os aparelhos.
Saí com meu filho e voltamos no dia seguinte. E Mark cantou uma hora, duas... Cantou um dia, dois, três... Cantou cinqüenta e oito dias, quando minha filha teve alta e trouxemo-la para casa. Então, eu lhe dei o nome de SUNSHINE em homenagem ao sol.

Minha filha ouviu meu filho chamando-a porque conheceu a voz que cantava para ela. Aí está o milagre do amor de Deus

sábado, 12 de dezembro de 2015

ANJOS DE FOGO

“Pior do que você querer fazer e não poder é você poder fazer e não querer”.
(Levi Dias de Santana - Bombeiro)



Estamos próximo do Natal. As casas se enfeitam, muita gente vai às compras se preparando para a comemoração da festa mais importante da humanidade.
O espírito natalino é de confraternização, de solidariedade, de servir o próximo e a comunidade...
Em homenagem às pessoas engajadas no desejo de servir a comunidade, a história que vocês irão ler, a seguir, foi publicada na “Revista Bombeiros em Emergência nº 19-SP”, em comemoração ao Dia do Bombeiro (02 de julho).
A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de seis anos, que estava doente de leucemia. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse e realizasse seus sonhos. Agora isso não seria possível, por causa de uma leucemia terminal. Junto dele, tomou-lhe a mão e perguntou:
- Filho, você já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?
- Eu sempre quis ser um Bombeiro!
- Vamos ver o que podemos fazer - disse a mãe, sorrindo.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao chefe dos Bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível ao garoto dar uma volta no quarteirão no carro dos Bombeiros.
Disse o chefe dos Bombeiros:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Se você estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um Bombeiro honorário, por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de emergência. E vamos fazer um uniforme completo pra ele: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.
Uma semana depois, o Bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-lhe o uniforme de Bombeiro e o escoltou do hospital até o caminhão de bombeiros. O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu...
Ocorreram três chamadas naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todas as três. Ele foi, em cada chamada, em veículos diferentes: no auto tanque, na Van dos paramédicos e até no carro especial do chefe dos Bombeiros.
Todo amor e atenção dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar toda a família.
Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um Bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para o chefe da corporação e perguntasse se seria possível enviar um Bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! - Respondeu o chefe dos Bombeiros. - Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor: Quando você ouvir e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio; apenas o corpo de Bombeiros vindo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!
Cinco minutos depois, as viaturas chegaram ao hospital. Estenderam a escada até o andar onde o garoto estava e dezesseis Bombeiros subiram. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam.
Com a voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe, sou mesmo um Bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores.
Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.
Depois da leitura desta história verídica, só nos resta indagar se diante do pedido dos pais, irmãos, filhos, parentes e amigos, temos respondido “EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO!”.
Já li algures, que “A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos”. Por isso, reflita se sua vida tem sido em serviço ao próximo e tome uma decisão hoje mesmo de praticar a caridade.

Neste Natal tenha em mente a importância de se fazer algo mais.

sábado, 5 de dezembro de 2015

PROBLEMAS E CRISE

Os flagelos destruidores aceleram o progresso social.



Um pássaro vivia resignado, em uma árvore apodrecida, no meio do pântano. Havia se acostumado a estar ali, comia larvas da lama e estava sempre sujo. Suas asas estavam inutilizadas pela sujeira.
Certo dia um vendaval derrubou sua morada. A árvore foi tragada pelo pântano e ele achou que ia morrer. Para salvar-se começou a agitar suas asas com força, tentando voar. Era muito difícil, pois havia esquecido como voar. Mas enfrentou a dor, conseguiu alçar voo e cruzou o amplo céu... Chegando, finalmente, a um bosque fértil e formoso!
Os problemas são como um vendaval que destrói sua vida e o obrigam a “levantar voo ou morrer”.
Vivemos a era da globalização, de avanços tecnológicos sem precedentes, mas também a era de crise financeira, escândalos de corrupção, ameaças de terrorismo, rumores de guerras, calamidades, tremores de terra, tragédias ambientais, desastres aéreos, terrestres, marítimos, de muita violência, além do aumento da inflação, derrubando o dólar e gerando desemprego em toda parte...
Segundo os esotéricos, isto são Sinais dos Tempos. Mas não é o fim, é o final somente de um era de dificuldades e sofrimentos, pois a bonança se aproxima com uma Nova Era de progresso e transformação. Vivemos apenas o momento da separação do joio do trigo, previstas no texto sagrado. Onde os mansos herdarão a terra e os maus levados para um lugar onde haverá choro e ranger de dentes!
Diz a Gênese espírita, “É notável que todas as grandes calamidades que hoje dizimam as populações, são sempre seguidas de uma era de progresso na ordem física, intelectual e moral, e, por conseguinte, no estado social dos que vivem naquele determinado povo onde se realizam. É que tiveram por finalidade operar um remanejamento na população espiritual, que é a população normal e ativa do globo”.
A humanidade tem que reagir positivamente para superar tudo isso. É preciso enxergar uma luz no fim do túnel pra não chegar ao fundo do poço!
O mundo está em crise. Mas temos que vê-la como necessária para as transformações do mundo. Einstein já pensava assim: “A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos”.
Todavia, muito antes de Einstein, Jesus já falava sobre a necessidade disso, quando anunciava a Boa Nova do reino de Deus: “Ai do mundo por causa dos escândalos; pois é necessário que venham escândalos; mas ai do homem por quem o escândalo venha”.
Escândalo é mau exemplo, princípios falsos e abuso do poder. Contudo, ele deve ser sempre considerado do lado positivo, como um estímulo para que o ser humano combata em si mesmo o orgulho, o egoísmo e a vaidade.
E sobre a crise política é bom lembrarmos que Jesus nos garante que a verdade não pode ficar oculta para sempre: “Porque nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente” (Lucas 8, 17). 
Não importam os problemas, é hora de dizer BASTA e melhorar, sacudir a lama e voar ALTO, como fez o pássaro.
Enfrentemos o medo de viver. Vamos sair do comodismo e começar a voar, pois Jesus está no comando deste planeta e mostrará qual caminho a gente deve tomar para aportar no bosque do nosso merecimento.
Diante dos problemas, tenha fé em Deus, pois não há dúvida que Ele existe. E Deus na sua essência é infinitamente justo e bom. Ele não pode, pois, querer senão o nosso bem, e por isso, o essencial é termos confiança Nele. Quanto ao mais, procuremos ser dignos de compreendê-Lo. Pois, segundo a I Epistola de João (4,13), “Estamos Nele e Ele em nós”.
É pelo trabalho inteligente que cada ser humano, em sua própria vantagem, opera sobre o mundo em que vive, elaborando a obra de sua individualidade.  E ao fazer isso auxilia a transformação e o progresso material do planeta. Somos cocriadores! Pois progredindo, nós auxiliamos a obra do Criador de quem somos um agente inconsciente.

"Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado" (Jesus / Mt 6,34).