“Não se preocupe com o dia
de amanhã. A cada dia basta a sua preocupação”.
Segundo Osho, no livro “Mais Pepitas de Ouro”, você
vem ao mundo sem coisa alguma. Assim uma coisa é certa: nada lhe pertence!
Você vem absolutamente despido, porém com ilusões. É
por isso que toda criança nasce com as mãos fechadas, cerradas, acreditando que
está trazendo tesouros e aqueles punhos estão vazios.
E todos morrem com as mãos abertas. Tente morrer com
as mãos cerradas – até o momento ninguém conseguiu. Ou tente nascer com as mãos
abertas – ninguém conseguiu também.
Nada lhe pertence, então você está preocupado com qual
insegurança? Nada pode ser roubado, nada pode ser retirado de você. Tudo o que
você está usando pertence ao mundo. E um dia você terá que deixar tudo aqui. Você
não será capaz de levar coisa alguma com você.
Pra que se preocupar? A preocupação nunca levará você
a lugar algum!
Há uma história sobre um barco encalhado que ilustra
bem este tema.
Em agosto de 1918, um pequeno barco estava sendo
puxado por um rebocador, no rio Niágara, quando o cabo rebentou. As fortes
correntezas logo conduziram o barco em direção às cataratas. Quando estava para
cair, o barco encalhou em algumas rochas bem acima das quedas.
Os dois homens que estavam a bordo foram salvos apenas
no dia seguinte. Eles passaram uma noite de terror, pois esperavam, a qualquer
momento, despencar para a morte.
Isso aconteceu faz mais de noventa anos e a velha
barcaça continua lá, no mesmo lugar, até hoje. Jamais aconteceu a queda prevista.
Os dois homens se preocuparam por nada. A esperada
queda do barco, que trouxe ansiedade e desespero aos dois homens, não
aconteceu...
Da mesma forma, a maioria dos problemas que tiram
nossa paz e alegria também não nos atingirá. E quem garante isso é Jesus! Ele
nos diz:
“Não vos
preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, como vos
vestireis. A vida não é muito mais do que o alimento e o corpo muito mais do
que as vestes? Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos
celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas” (Mateus 06, 24-26).
“Procurai,
portanto, primeiramente, o reino de Deus e a sua justiça e todas aquelas coisas
vos serão dadas de acréscimo” (Lucas
12, 31).
“Não preocupação”, não é se colocar na passividade, sem esforço
pessoal, aguardando milagres, esperando que Deus faça o seu trabalho.
O sentido do ensinamento cristão é mais profundo. A
intenção é nos alertar contra o perigo da impaciência exagerada que provoca
ansiedade, tensão, nervosismo, e outros malefícios que podem nos causar
problemas de saúde física, mental ou emocional, que nos impedem: a) de enxergar as soluções para os
problemas; b) de vislumbrar por
intuição o melhor caminho para a continuidade do nosso trabalho; c) de receber uma ajuda por inspiração do
plano espiritual.
Preocupar (pré+ocupar) significa, pois, sofrer por antecipação;
não é a ocupação que nos aflige, mas sim o que vai nos acontecer
(pre+ocupação). E a preocupação provoca, às vezes, um bloqueio total do nosso
raciocínio.
Portanto, vamos viver segundo os desígnios de Deus e
trabalhar para a nossa subsistência, sempre confiando no Senhor, que, sabendo o
que convém a cada uma de suas criaturas, permite que em tal situação a gente se
encontre.
Talvez essa situação seja uma prova necessária para
nos tornarmos digno do Criador! Pois, Ele sempre dá a cada um de seus filhos o
melhor para a sua evolução espiritual. Basta que estejamos alinhados às Leis
Divinas, agindo sempre para o Bem.
A fonte eterna
das dádivas divinas está disponível a todas as criaturas, de acordo com o
merecimento de cada um.
Escreveu Paulo aos Filipenses (4,6): “Não
vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas
preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças”.
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