“A bondade de Deus considera o menor arrependimento que
seja”.
Conta-se que numa noite de lua cheia, um pescador chegou
à praia de madrugada para o trabalho. E enquanto andava pela praia pensava
assim: “se eu tivesse um carro novo, seria
feliz; se tivesse um trabalho bem melhor, seria feliz; se tivesse uma parceira
perfeita, seria feliz”.
O pescador nem interrompeu seus pensamentos quando
tropeçou num saquinho cheio de pedras. E, ainda no escuro, sem refletir sobre o
achado, começou a jogar as pedrinhas, uma a uma, no mar, cada vez que dizia: “Seria feliz se tivesse...”.
Enquanto fazia isso foi clareando o dia, até que ao se
preparar para jogar a última pedra, percebeu que ela não era uma pedra comum e
decidiu guardá-la.
Ao chegar a sua casa, examinando melhor a pedrinha,
percebeu que se tratava de um valioso diamante!
Ficou arrependido e comentou o incidente com um amigo
que lhe disse:
– Realmente, seria melhor se você prestasse mais
atenção no que faz, mas ainda bem que sobrou a última pedra!
Você imagina quantos diamantes ele jogou no mar sem
parar para pensar?
Assim são as pessoas... Jogam fora seus preciosos
tesouros, sem dar valor ao que têm perto dela, por estarem esperando o que
acreditam ser perfeito, ou sonhando e desejando o que não têm. E depois se
arrependem!
Se olhassem ao redor, parando para observar,
perceberiam quão afortunadas são. Pois a felicidade está muito perto de cada um
de nós.
Por isso, na vida, cada “pedrinha” deve ser bem
observada... Ela pode ser um diamante valioso!
Cada um de nossos dias é um diamante precioso e
insubstituível. Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo no mar do
esquecimento, para nunca mais recuperá-lo.
O que você anda fazendo com suas “pedrinhas”? Amigos, Família, Trabalho... E até mesmo com seus
sonhos? Pense nisso!...
Se você tem jogado fora muito dessas “pedrinhas” e está arrependido, não
adianta sentir mágoas. Ainda é tempo de mudar de atitude.
Pois, o arrependimento é mais do que uma mera
insatisfação causada por um erro cometido. Ele é um anjo estendendo suas asas
brancas para ocultar as faltas da gente aos olhos daqueles que vêem impureza em
tudo.
Ainda é tempo de voltar atrás, embora o arrependimento
não termine com a livre aceitação do castigo. Pois, vai além!
O arrependimento passa pelo Ato de Contrição – um exame de consciência, pra gente refletir
sobre as culpas e erros cometidos e ter a disposição firme de que vai evitar
erros futuros e infrações às normas sociais e às leis da natureza; e, ainda,
ter uma conduta moral impecável, no porvir.
O Ato de Contrição é a comprovação de que o
arrependido não vai mais falhar nas suas ações. Ou, numa linguagem religiosa, é
o compromisso e a certeza que tem o pecador arrependido de não mais transgredir
os mandamentos de Deus.
Embora se fundamente nesse compromisso consciente de
nunca cair mais nos mesmos erros, o arrependimento sincero precisa ser testado
e passar também pelo Perdão, para que haja esquecimento das faltas.
Mas, só o Perdão ainda não basta! Se Deus se
contenta em esquecer as suas faltas, não pune, mas também não lhe recompensa.
E a recompensa só vem com a reparação do erro.
Então, reparado o erro, se encerra o arrependimento! O
que passou, passou!
Reflita um pouco... Vá, além disso... E você
descobrirá que a vida não cessa no cemitério. O túmulo é a porta de saída desta
existência, mas é também a porta de entrada para outra dimensão, mais pujante e
verdadeira – a da eternidade da vida!
O túmulo é apenas um vestiário, onde o Espírito apenas
substitui a veste de um corpo em farrapos pelo traje espiritual, eterno... E
radioso – dependendo de uma correta conduta moral. Radioso como o brilho de um
diamante!
Perceba isto. Nesta longa jornada da vida somos irmãos,
e tudo converge para uma única solução: uma verdadeira mudança interna de cada
um.
Mudança que visa expandir a Consciência para o bem,
para a construção de valores, virtudes, e que põe o ser numa freqüência cada
vez mais elevada de vibração até irradiar a Centelha Divina angelical, que
existe em cada um dos filhos de Deus.
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