“A oração do justo tem grande eficácia”. (Tiago 5,16).
Diane, jovem estudante cristã,
estava em casa naquele verão. Foi visitar alguns amigos. A conversa animada fez
com que as horas avançassem noite adentro e se fez muito tarde para retornar.
Mas não tinha medo, porque morava a poucos quarteirões dali.
Ao voltar para casa caminhando
sozinha por uma viela, notou um homem parado no final da ruazinha e parecia que
a estava esperando.
Diane, nervosa, começou a orar
pedindo proteção a Deus. Neste instante, um sentimento de tranqüilidade e
segurança a envolveram. Sentiu como se alguém estivesse com ela caminhando
justamente na direção onde o homem se encontrava. Caminhou firme, chegando bem em
casa, e agradeceu a Deus por nada lhe ter acontecido.
Porém, ela ficou sabendo que uma
moça havia sido estuprada naquela mesma viela, uns vinte minutos depois que ela
passara por ali. Sentiu-se mal por essa tragédia e pensando no que poderia ter
sido com ela, chorou e agradeceu a Deus por tê-la cuidado e rogou ajuda à outra
jovem. Resolveu então ir à Delegacia de Polícia, acreditando que poderia
reconhecer o homem.
O Delegado depois de ouvir a
história de Diane lhe perguntou:
− Está disposta a identificar o
homem que você viu naquela viela?
− Sim – acedeu ela prontamente.
Diane reconheceu o estuprador, sem
a menor dúvida. Quando este soube que foi identificado, rendeu-se e confessou.
O Delegado de Polícia agradeceu a
Diane pela sua valentia e lhe perguntou:
− Há algo que eu possa lhe fazer?
− Doutor, pergunte a esse homem porque
ele não me atacou, quando passou pela mesma viela.
Quando o Delegado fez essa pergunta,
o réu confesso respondeu:
− Porque ela não estava sozinha,
havia dois homens altos caminhando um de cada lado.
Essa história – que circula no ciberespaço
–, serve pra gente não subestimar o poder de uma oração.
No Evangelho de Marcos (11,24),
afirma Jesus: “Tudo que pedirdes na
oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado”.
Percebe-se primeiro que o Mestre
não faz restrição alguma aos pedidos.
É TUDO que pedirdes!
Percebe-se, depois, que Ele
estabelece uma condição para a realização do pedido: “crede que o tendes recebido”. Ou seja, o poder da oração não
admite qualquer dúvida. É uma questão de fé inabalável. De onde se deduz que ao
orar já se deve agradecer pelo recebimento do pedido.
Na prática é como o aluno que diz: “vou passar de ano” (no futuro) ao invés
de dizer “já passei de ano”, que é a
certeza da realização do seu desejo agora; e agradece a Deus por isso.
O poder de uma oração está no
pensamento (que é uma espécie de energia). Como os seres estão mergulhados no
fluído universal que preenche o espaço. Esse fluído pode ser impulsionado pela
vontade, que é o veículo do pensamento; assim como o ar é o veículo do som.
Quando você se dirige ao Criador,
uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento.
A energia da corrente está na razão
direta da energia do pensamento e da vontade. Se você tem fé, se você acredita
que recebeu o benefício que está pedindo, Deus pode dar eficácia à sua ação.
O poder da oração não depende,
pois, da repetição de palavras, nem tampouco de orações prontas. O que vale é o
pensamento. Um simples pensamento, de coração firme, concentrado, meditado,
feito com fé na sua realização, vale mais que mil palavras ditas da boca pra
fora.
Proferir rezas como jogador de
futebol, abraçados antes da competição, gritando o “Pai Nosso” para o estádio inteiro ouvir, sem sentimento de amor,
sem fé e sem pensamento firme, meditado, bem direcionado no que se quer, é como
jogar palavras ao vento, que não saem do chão, pois não têm o veículo que pode impulsionar
o fluido universal para estabelecer a conexão esperada.
“Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os
pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras” (Jesus / MT. 6,7).
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