Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A DESGRAÇA PODE COMEÇAR COM UMA MENTIRA

“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda nossa vida”. (Gandhi)



A cidade de Capão da Canoa, balneário gaúcho, se revoltou contra o assassinato de Cristiano Alves, de 16 anos, ocorrido na noite de 28 de junho de 2003. Os criminosos pensaram que a vítima fosse um ladrão.
Tudo começou com uma mentira.
Um funcionário de uma loja danificou uma das motos de revenda e, para fugir da responsabilidade, inventou uma tentativa de roubo, acusando Cristiano.
O empresário dono da loja teria perseguido o garoto em sua BMW preta e batido em sua bicicleta. O rapaz morreu em conseqüência disso.
Nos dias que sucederam ao doloroso fato, o policiamento foi reforçado na cidade. Imagens feitas por um cinegrafista amador mostraram a fúria com que a população reagiu à morte de Cristiano.
Os moradores, revoltados, deram três tiros contra a loja do acusado e depois destruíram o prédio com paus e pedras.
Cinco motos e o carro do dono da revenda foram queimados. O proprietário estava no local e fugiu. A casa dele e a do funcionário também foram atacadas.
Segundo a polícia, eram apenas oito soldados para deter mais de mil pessoas enfurecidas.
O dono da loja e o funcionário, naquele momento, deixaram a cidade porque, segundo a polícia, estavam sendo ameaçados de morte. O laudo do IML indicava hemorragia craniana. Ao mesmo tempo, o delegado dava a seguinte informação: “Não sabemos se ele morreu de tombo ou se levou pancada”.
Segundo uma testemunha, o rapaz foi agredido depois de derrubado.
A irmã da vítima, clamando por justiça, chegou a afirmar: “A vida do meu irmão eu não vou conseguir de volta, mas isso eu quero, quero eles na cadeia”.

Essa reportagem nos mostra duas atitudes negativas para o bem-viver. Uma delas é a atitude de ganância por bens materiais, e a outra também altamente nociva para a vida é a mentira.
Pensando na mentira que mata – como a da reportagem supracitada – lembramos do seguinte ensinamento de Buda: “Uma mentira pode salvar seu presente, mas condena seu futuro”.
Diz um dito popular que “Uma mentira puxa a outra!”. E é a mais pura verdade, pois segundo o pensamento de Alexander Pope: “Aquele que diz uma mentira não calcula a pesada carga que põe em cima de si, pois terá de inventar uma infinidade delas para sustentar a primeira”.
Dizem também que “A mentira tem pernas curtas!”. Porque, segundo Abraham Lincoln, “Você pode enganar algumas pessoas durante todo o tempo, e todas as pessoas durante algum tempo, mas não pode enganar as pessoas durante todo o tempo”.
Sinceridade, verdade, transparência, ética não são mais, apenas, requisitos de pessoas (física ou jurídica) que cultivam comportamento baseado em valores positivos. Proceder assim é um imperativo deste mundo moderno, globalizado, que, atualmente, desvenda tudo e tudo revela com os avanços das ciências do comportamento, da informática e da cibernética, cada vez mais exigindo credibilidade de todos.
Ser justo e sincero hoje em dia é um bom negócio! Pois pode evitar uma desgraça. E compensa ter como roteiro de vida a valiosa recomendação de Fortune Magazine: “Conte a verdade – ou não conte nada. Ninguém gosta de gente mentirosa”.

Pense nisso!

domingo, 10 de novembro de 2013

UM PRINCÍPIO DE SALVAÇÃO

“Nenhuma herança é tão rica quanto a Honestidade”. (Shakespeare)



Adaptamos um conto de Rogério Andrade Barbosa, intitulado “As Três Moedas de Ouro” com a finalidade de ilustrar a crônica aqui escrita.
Dizem que o fato se deu na cidade nigeriana chamada Kano. Ali, se comprava e trocava de tudo: marfim, tecidos, miçangas coloridas, penas de avestruz, frutas, arroz, pimenta, milho, algodão, cavalos e camelos.
Um mercador foi reclamar com o dono da pousada que um ladrão entrara em seu aposento e roubara as três moedas de ouro que levava em uma sacola.
− Perdi tudo que consegui com as vendas – queixou-se o negociante.
O homem, irritado com a grave ofensa ao visitante, respondeu:
− Pode deixar... Hoje mesmo você terá seu dinheiro de volta.
Ao final do dia, o dono da pousada regressou a sua casa com uma engenhosa solução. Ele pegou um frasco de perfume e despejou todo o conteúdo nos pêlos de um burro. Depois, levou o animal para um cercado ali perto. Em seguida, chamou os empregados e falou:
Preciso descobrir o autor do roubo da noite passada. Saiam, um por um, passem a mão no pêlo do burro que está atrás e me esperem na cozinha.
E, num tom de ameaça, avisou:
− Cuidado! O animal zurrará quando o ladrão o tocar.
Os homens obedeceram ao patrão e saíram para cumprir a tarefa.
Mas o burro permaneceu calado até o final da estranha prova. Mesmo assim o dono da pousada descobriu quem era o ladrão. Sabe como?
Para espanto, pois, do lesado comerciante, o dono da pousada reuniu os empregados e cheirou a mão de cada um. Assim que terminou a inspeção, anunciou triunfante:
− O ladrão é este aqui – disse, apontando para um dos homens. − Podem revistar o quarto dele.
Dito e feito. As moedas, como ele havia adivinhado, foram encontradas escondidas debaixo da cama do acusado.
No outro dia, ao se despedir, o viajante, curioso, perguntou:
− Como foi que você descobriu o larápio?
− Não foi difícil. Só um dos homens não tinha a mão perfumada! Ele, com medo de ser denunciado, não tocou no pêlo do burro!

Moral da história: A Honestidade é um Princípio de Salvação.
Mentir é desonesto. Mentir é enganar outras pessoas intencionalmente.
Prestar falso testemunho é uma forma de mentira. Mas, existem outras formas de mentira. Podemos, intencionalmente, enganar os outros com um gesto ou com um olhar, pelo silêncio ou por dizer apenas parte da verdade.
Sempre que, de qualquer forma, levarmos as pessoas a acreditarem em algo que não é verdade, a gente não está sendo honesto.
Uma pessoa honesta falará apenas a verdade, embora isso pareça resultar em desvantagem para si mesma.
Quando nos apossamos de algo que pertence a outro, sem permissão, estamos roubando. Aceitar um troco maior ou mais coisas do que devemos é desonesto. Pegar mais do que a parte que nos compete de qualquer coisa é furto. E Jesus nos ensinou: “Não furtarás”.
Quando damos menos do que devemos ou quando recebemos algo que não merecemos, estamos enganando.
Alguns empregados enganam os patrões não trabalhando todo o tempo pelo qual são pagos. Alguns patrões não são justos com os funcionários pagando-lhes menos do que merecem.
Tirar vantagem injustamente é uma forma de desonestidade. Fornecer mercadorias inferiores ou prestar um serviço de má qualidade é enganar. E enganar é ser desonesto!
Não devemos achar desculpa para a nossa desonestidade. Mentir para se proteger; encontrar desculpas para roubar; colar para obter melhores notas na escola; são desculpas para a desonestidade. Quando nos desculpamos enganamo-nos a nós mesmos!


Pense nisso!...