“Estavas a olhá-la, quando uma pedra se desprendeu dum monte sem intervirem mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os fez em pedaços” (Daniel 2, 34).
Talvez você já tenha ouvido falar em Pedra Angular , Pedra Cabeça da Esquina, Pedra Bruta, Pedra Polida, Pedra Branca, Pedra Real, Pedra Doce, Pedra que o rio cavou e outras mais.
Ou já deve ter lido nas escrituras diversos versículos que falam sobre pedras:
“A pedra que os edificadores rejeitaram se tornou a cabeça da esquina” (Salmo 117, 22);
“A pedra que os edificadores rejeitaram, tornou-se a pedra angular” (Mateus 21, 42);
“Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16, 18).
Percebe-se que a filosofia, a ciência e até mesmo as religiões têm posto de lado a PEDRA sobre a qual se apóia a verdadeira construção.
Como conseqüências disso, temos uma Filosofia sem lógica, a Ciência sem ideal e a Religião sem provas, sem sentimento e sem razão. Daí a resolução divina em colocar a “Pedra Rejeitada” como “Cabeça de Esquina” ou “Pedra Angular”, que esmagam os que nela tropeçam. Pois ela é a PEDRA inamovível sobre a qual se ergue o edifício da Verdade – fundamental para nossa evolução.
Ela está lá nos Mandamentos dados a Moisés e na Mensagem Cristã, numa roupagem espiritual que atesta a verdade divina.
Ela é a Revelação posta como Pedra Angular dos ensinamentos de Jesus, mas que foi rejeitada pelos edificadores sociais e tornou-se a Cabeça da Esquina na qual tropeçam os incautos e prevaricadores. É sobre esta PEDRA (Revelação) que Jesus aconselha a construção do Cristianismo.
A Pedra Branca e a Pedra Doce, supracitadas, são encontradas nas cavernas das Pedreiras de Salomão, que se encontram sobre as muralhas da cidade antiga de Jerusalém, nas proximidades de Damasco.
A Pedra Branca é a Pedra Real por ser a mais adequada para as construções. E a Pedra Doce é aquela que pode ser talhada mais facilmente.
A Pedra Bruta e a Pedra Polida são simbolicamente utilizadas por entidades esotéricas. A Pedra Bruta representa a inteligência e o sentimento do homem no estado primitivo e a Pedra Polida representa o saber do homem no fim da vida, lapidado pela orientação paterna, educação, conscientização, aquisição de virtudes e por sofrimentos.
Como Pedra (Revelação) é fundamental na lapidação humana, na sua transformação de Pedra Bruta em Pedra Polida , fiquei meditando sobre ela. Lembrei-me de Jesus ter dito no Sermão da Montanha que aquele que ouve suas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
Pensei em Itararé, a Pedra (Ita) que o rio cavou. Cidade abençoada, pois que tem em si a Revelação divina da humanidade.
Há um texto, de autor desconhecido, que faz uma apologia à Pedra dizendo o seguinte:
O distraído na pedra tropeçou; o bruto a usou como projétil; o empreendedor, usando-a, construiu; o camponês cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, já foi brinquedo; Drumond a poetizou; já David matou Golias; Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos esses casos, a diferença não estava na pedra... Mas no homem!
Não existe “pedra” no seu caminho que não possa ser aproveitada para o seu próprio crescimento
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