Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A VACA FOI PRO BREJO

“Ser capaz de enfrentar problemas não é o mesmo que resolvê-los” (Mark W. Baker).


“A vaca já foi pro brejo” é uma moda de viola, gravada por Tião Carreiro e Pardinho, que retrata a educação dos filhos hoje em dia. Observem a letra, que transcrevo em prosa, com algumas correções gramaticais.

Mundo velho está perdido, já não endireita mais. Os filhos de hoje em dia já não obedecem aos pais. É o começo do fim, já estou vendo sinais. Metade da mocidade está virando marginais. É um bando de serpentes: os mocinhos vão à frente e as mocinhas vão atrás. 
Pobre pai e pobre mãe, morrendo de trabalhar, deixa o couro no serviço pra fazer filho estudar. Compra o carro a prestação para o filho passear. Os filhos vivem rodando fazendo pneu cantar.
Ouvi um filho dizer: “O meu pai tem que gemer; não mandei ninguém casar!”.
O filho parece rei e filha parece rainha. Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha. Manda a mãe calar a boca; coitada fica quietinha. O pai é um zero à esquerda e um trem fora da linha.
Cantando agora eu falo: terreiro que não tem galo quem canta é frango e franguinha.
Pra ver a filha formada, um grande amigo meu, o pão que o diabo amassou o pobre homem comeu. Quando a filha se formou foi só desgosto que deu. Ela disse assim pro pai: “Quem vai embora sou eu”.
Pobre pai banhado em pranto; o seu desgosto foi tanto, que o pobre velho morreu.
Meu mestre é Deus nas alturas. O mundo é meu colégio. Eu sei criticar cantando; Deus me deu o privilégio. Mato a cobra e mostro o pau, eu mato e não apedrejo. Dragão de sete cabeças também mato e não aleijo.
Estamos no fim do respeito. Mundo velho não tem jeito, a vaca já foi pro brejo.

Essa desastrosa situação, de falta de respeito, que o pagode de Tião Carreiro alerta, tem raízes nos objetivos de uma pseudopedagogia: dar liberdade ao filho adolescente para torná-lo capaz de enfrentar problemas. No entanto, ser capaz de enfrentar os problemas não é o mesmo que resolvê-los.
Falta maturidade. Por isso, enganam-se os pais quando adotam essa total liberdade achando que estão investindo no futuro dos filhos.
 Sem maturidade para entender as atitudes liberalistas dos pais, a vida do adolescente fica descontrolada porque ele não sabe decidir por si mesmo. E ao enfrentar o problema se sente inseguro.
Não sendo capaz de assumir a enorme responsabilidade que seus pais lhe deram para resolver o problema, ele fica totalmente perdido. E isso tem conseqüências negativas, que pode levá-lo até para o caminho das drogas.
O pai ou a mãe que compreende isso, que sabe que o adolescente ainda é dependente, que precisa ser bem orientado, estabelece limites sim para o filho. Chama-lhe a atenção e impõe sua autoridade, principalmente, se deseja que ele seja respeitoso, responsável e uma agradável companhia.
Pais que querem realmente que o filho seja feliz devem agir com convicção e ser objetivos na sua fala, educando-o como Jesus nos ensinou: “Seja, porém, o vosso falar: (que o vosso) Sim, (seja) sim; (e o vosso) Não, (seja) não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mateus, 5:37).

AS PEDRAS

“Estavas a olhá-la, quando uma pedra se desprendeu dum monte sem intervirem mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os fez em pedaços” (Daniel 2, 34).


Talvez você já tenha ouvido falar em Pedra Angular, Pedra Cabeça da Esquina, Pedra Bruta, Pedra Polida, Pedra Branca, Pedra Real, Pedra Doce, Pedra que o rio cavou e outras mais.
Ou já deve ter lido nas escrituras diversos versículos que falam sobre pedras:
“A pedra que os edificadores rejeitaram se tornou a cabeça da esquina” (Salmo 117, 22);
A pedra que os edificadores rejeitaram, tornou-se a pedra angular” (Mateus 21, 42);
Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16, 18).
Percebe-se que a filosofia, a ciência e até mesmo as religiões têm posto de lado a PEDRA sobre a qual se apóia a verdadeira construção.
Como conseqüências disso, temos uma Filosofia sem lógica, a Ciência sem ideal e a Religião sem provas, sem sentimento e sem razão. Daí a resolução divina em colocar a “Pedra Rejeitada” como “Cabeça de Esquina” ou “Pedra Angular”, que esmagam os que nela tropeçam. Pois ela é a PEDRA inamovível sobre a qual se ergue o edifício da Verdade – fundamental para nossa evolução. 
Ela está lá nos Mandamentos dados a Moisés e na Mensagem Cristã, numa roupagem espiritual que atesta a verdade divina.
Ela é a Revelação posta como Pedra Angular dos ensinamentos de Jesus, mas que foi rejeitada pelos edificadores sociais e tornou-se a Cabeça da Esquina na qual tropeçam os incautos e prevaricadores. É sobre esta PEDRA (Revelação) que Jesus aconselha a construção do Cristianismo.
A Pedra Branca e a Pedra Doce, supracitadas, são encontradas nas cavernas das Pedreiras de Salomão, que se encontram sobre as muralhas da cidade antiga de Jerusalém, nas proximidades de Damasco.
A Pedra Branca é a Pedra Real por ser a mais adequada para as construções. E a Pedra Doce é aquela que pode ser talhada mais facilmente.
A Pedra Bruta e a Pedra Polida são simbolicamente utilizadas por entidades esotéricas. A Pedra Bruta representa a inteligência e o sentimento do homem no estado primitivo e a Pedra Polida representa o saber do homem no fim da vida, lapidado pela orientação paterna, educação, conscientização, aquisição de virtudes e por sofrimentos.
Como Pedra (Revelação) é fundamental na lapidação humana, na sua transformação de Pedra Bruta em Pedra Polida, fiquei meditando sobre ela. Lembrei-me de Jesus ter dito no Sermão da Montanha que aquele que ouve suas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
Pensei em Itararé, a Pedra (Ita) que o rio cavou. Cidade abençoada, pois que tem em si a Revelação divina da humanidade.
Há um texto, de autor desconhecido, que faz uma apologia à Pedra dizendo o seguinte:
O distraído na pedra tropeçou; o bruto a usou como projétil; o empreendedor, usando-a, construiu; o camponês cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, já foi brinquedo; Drumond a poetizou; já David matou Golias; Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos esses casos, a diferença não estava na pedra... Mas no homem!
Não existe “pedra” no seu caminho que não possa ser aproveitada para o seu próprio crescimento

domingo, 13 de janeiro de 2013

O ZELADOR DA FONTE

“O erro não pode prevalecer contra a verdade, desde que a luz se faça nas inteligências” (Evangelho Segundo o Espiritismo).


Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado havia um pacato habitante da floresta, contratado pelo Conselho Municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.
O cavalheiro, com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.
Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.
Aos poucos, o povoado começou a atrair turista. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.
Rodas d’água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite. As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.
Os anos foram passando. Certo dia, o Conselho da Cidade se reuniu como fazia semestralmente. Um dos membros do Conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.
De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade. E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.
Seu discurso a todos convenceu. O Conselho Municipal dispensou o zelador.
Nos dias seguintes, nada de novo. Mas no outono, começaram cair folhas das árvores. Pequenos galhos caiam nas piscinas formadas pelas nascentes.
Certa tarde, alguém notou uma cor meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura. Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.
O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d’água começaram a girar lentamente, depois pararam.
Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.
O Conselho Municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.
Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.
Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d’água voltaram a funcionar. Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.

A lenda acima me fez lembrar um fato semelhante. Em meados do século passado, as estradas municipais eram mantidas em boas condições de tráfego pelos “Conserveiros de Estradas” contratados pela Prefeitura.
Estes servidores residiam na zona rural e, pela proximidade do local de trabalho, sabiam de todas as reclamações dos usuários e imediatamente tomavam as providências para tapar buracos, corrigir o leito carroçável, e cavar o escoamento das chuvas pela lateral das estradas.
Um belo dia eles foram dispensados pela administração municipal e a qualidade das estradas despencou.
 A lenda ainda retrata o fato de que, uma vez cometido um erro, é imperiosa a sua correção, sob pena de estarmos cometendo outro erro ainda maior.
Da mesma forma, no momento em que nós detectamos um erro em nossa vida, devemos ter a humildade de repará-lo o quanto antes. Pois as conseqüências dos atos equivocados podem acontecer imediatamente, onde a gente estiver.
A Lei Natural dispara na nossa consciência os flashes de alerta para a correção dos nossos erros. E quando a gente permanece no erro o mal-estar eclode em nosso íntimo em forma de angústia, agonia, tristeza... Essa situação acaba nos ensinando que quando reparamos o erro deixamos de sofrer.
Daí a importância pedagógica do PERDÃO, para assegurarmos a paz interior e a paz no mundo. E, como o Cristo dizer aos que nos perseguem: “Perdoai-lhes ó Pai, porque não sabem o que fazem”.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

REFLEXÕES DIVERSAS PARA COMEÇAR BEM O ANO

LEIS DA ESPIRITUALIDADE
(Ensinadas na Índia)

1ª Lei: “A pessoa que vem é a pessoa certa”.
Significa que ninguém está em nossa vida por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor estão interagindo conosco. Há sempre algo que nos faz aprender e avançar em cada situação.

2ª Lei: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.
Nada, nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o melhor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa..., aconteceu que outro...”.
O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos alguma lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

3ª Lei: “Toda vez que você iniciar é o momento certo”.
Tudo começa na hora certa: nem antes, nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é o momento em que as coisas acontecem.

4ª Lei: “Quando algo termina, acaba realmente”.
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas foi para a nossa evolução, por isso, é melhor seguirmos em frente e nos enriquecermos com cada experiência.

AS NOVE RESPOSTAS DE UM SÁBIO

Tales de Mileto foi um filósofo grego, fundador da Escola Jônica, considerado um dos sete sábios da Grécia Antiga.
Certa vez um sofista se aproximou de Tales de Mileto e tentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Mas o sábio de Mileto estava a altura da prova, porque respondeu a todas as perguntas sem a  menor vacilação, e com a maior exatidão.
Eis as perguntas:

1.      O que é mais antigo?
2.      O que é mais belo?
3.      Qual é a maior de todas as coisas?
4.      O que é mais constante?
5.      Qual é a melhor de todas as coisas?
6.      Qual é a coisa mais rápida de todas?
7.      Qual é a mais forte de todas as coisas?
8.      Qual é a mais fácil de todas as coisas?
9.      O que é mais difícil?

Medite sobre elas e tente respondê-las. Depois compare com as respostas do sábio de Mileto, a seguir:

1.      DEUS, porque sempre existiu.
2.      O UNIVERSO, porque é a obra de DEUS.
3.      O ESPAÇO, por contém tudo do Criador.
4.      A ESPERANÇA, porque permanece no homem, mesmo depois de ter perdido tudo.
5.      A VIRTUDE, porque sem ela não existiria nada de bom.
6.      O PENSAMENTO, porque em menos de um minuto, nos permite voar até o final do Universo.
7.      A NECESSIDADE, porque com ela o homem enfrenta todos os perigos da vida.
8.      Dar CONSELHOS.
9.      Conhecer-se a si mesmo.

Ao responder a nona pergunta nosso sábio falou um paradoxo. Deu uma resposta, quiçá não entendida por seu mundano interlocutor.
E você a entendeu?

“Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: Se escolher o mundo ficará sem amor, mas se você escolher o amor, com ele conquistará o mundo” (Albert Einstein).

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A ENGRENAGEM DA CARIDADE


“Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se” (Betinho)
        

Solidariedade. A gente vê por aqui”. Esta mensagem foi no passado recente, o slogan da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. E não deixa de ser um recado muito positivo no momento das festas de fim de ano e de ano novo.
É impossível falar em Espírito Natalino ou em Esperança de Ano Bom sem associá-los ao Espírito de Solidariedade. Pois a caridade pregada pelo Cristo é manifestada na forma de apoio e adesão a uma causa nobre; que não só partilha o sofrimento alheio, mas que também se propõe a atenuá-lo, ou até mesmo aliviá-lo plenamente.
Podemos então dizer que a Solidariedade é a engrenagem da Caridade. Visto ser um sentimento dirigido àqueles que estão ao nosso lado, geralmente tentando construir o que há de melhor nesta pessoa. É um sentimento de amor voltado para a prática de uma boa ação ao próximo, com desprendimento, sem buscar a si mesmo e ignorando qualquer recompensa.
Por isso, a Solidariedade é um sentimento contrário ao Egoísmo e a Inveja. Pois o Egoísmo não tem consideração aos interesses alheios e a Inveja está sempre de espreita para arrasar tudo o que os outros fazem,
Itararé é uma cidade privilegiada, pois a gente vê por aqui muita solidariedade. Ela se manifesta nas atividades da APAE, Vicentinos, Educandário, S.O.S., VICC, Copadi, Unipa, Aedefi, Lojas maçônicas, Pastoral da Criança, etc. Além da solidariedade desenvolvida por outras entidades que envolvem voluntários e que estão relacionadas com o serviço público, tais como igrejas, centros, associações, conselhos, cooperativas, sociedade de amigos...
Nesta época festiva, de grande movimentação social e renovação política, não seria o momento de realçarmos o valor deste sentimento de amor ao próximo? E, então, mostrar a fraternidade que nos une para além de nossas fronteiras, unindo toda a nossa região. União, sem a qual não é possível a realização de projetos que possam alavancar verbas das esferas maiores de governo para o desenvolvimento de cada município.
O SEBRAE, envolvendo 23 municípios, busca isso com o Projeto de Desenvolvimento do Turismo da Região do Sudoeste Paulista − uma Região especial, diferente, que merece um tratamento de acordo com o princípio da eqüidade, que favoreça os municípios mais carentes.
Irmanados receberemos, de mãos dadas, a bandeirada de chegada ao progresso. Tal qual ocorreu a alguns anos nas olimpíadas especiais de Seatle.
Nessas Para-Olimpíadas, nove participantes, todos com deficiência mental e/ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos cem metros rasos.
Ao sinal, todos partiram – não exatamente em disparada –, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar a prova.
Todos, exceto um garoto, que, logo no início da caminhada, tropeçou, caiu rolando e começou a chorar. Os outros concorrentes, tomando conhecimento do incidente, fizeram o que pessoas “normais” certamente não fariam: diminuíram o passo e olharam para trás. Vendo o garoto no chão, pararam e voltaram todos eles até onde o colega estava caído. Todos eles! Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. Levantaram o garoto e o ampararam.
Todos os nove competidores deram-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
As pessoas que viram a cena repetem essa história até hoje. Por quê? Certamente porque, lá no fundo, nós sabemos que o que deveria importar nesta vida, mais do que ganhar sozinho algum prêmio, é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso. Pois... Quem não é solidário acaba solitário!
Pense nisso! Diga adeus à solidão e à depressão. Mantenha uma boa saúde mental! Pratique exercícios de solidariedade. Participe de uma ação social dando sua contribuição para um mundo melhor. Nosso Pai do Céu de alguma forma certamente o recompensará.