Aquecendo a Vida

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domingo, 18 de março de 2012

DE HOMEM PRA HOMEM

O filho deve ser educado para ter autonomia no pensar e agir por si mesmo.



Numa conversa de homem pra homem, o pai pergunta ao filho:
- Quer saber o que seu pai acha sobre essa história de pecado?
- Quero - responde o filho.
- Existe apenas um pecado só - disse o pai. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente uma variação do roubo. Entende o que estou dizendo?
- Não - respondeu o menino meio encabulado.
- Quando você mata um homem, está roubando uma vida - disse o pai. - Está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça. Entende?
- Agora entendi, papai.
- Não há ato mais infame - prosseguiu o pai - do que roubar; do que um homem que se apropria do que não é seu, seja uma vida ou uma fatia de pão.

Essa conversa de homem pra homem é muito necessária na educação dos filhos. Atualmente até parece que os pais esquecem que a verdadeira educação se aprende em casa. Pois, a escola se preocupa mais com a instrução.
Educação compreende também a aprendizagem de valores, de virtudes, que nem sempre fazem parte do currículo escolar.
É muito importante para a evolução do ser humano o exemplo dos pais que vai refletir nos filhos, na sua responsabilidade, na sua disciplina e na sua maneira de ver e agir no mundo em que vivemos.
Paciência, calma, tolerância, solidariedade, senso de justiça, fraternidade, respeito, honestidade, igualdade, etc., são ensinamentos que devem permear o cotidiano familiar.
Descobri, acompanhando meus netos, que nas escolinhas de Judô, se praticam muitos desses ensinamentos: saber ganhar e saber perder; respeito pelo competidor; disciplina; ordem; responsabilidade; cooperação; solidariedade; muita persistência...
Descobri, ainda, que o lutador aprende a competir consigo mesmo. Ele tem que vencer a si mesmo para se aprimorar na luta. A sua vitória é contra a sua inexperiência e, por isso, quando perde o combate abraça o seu adversário. E continua treinando para melhorar cada vez mais.
 Na vida é mais ou menos a mesma coisa. O erro ou a derrota deve ser encarado como uma etapa de nossa aprendizagem.
Um livro interessante sobre a frágil relação entre pais e filhos é o “Caçador de pipas”, de onde tirei o diálogo acima, com algumas adaptações.
É um romance escrito por Klaled Hosseini, da Editora Nova Fronteira, que nos emociona logo nas primeiras páginas.
O livro nos leva dos últimos dias da monarquia do Afeganistão às atrocidades de hoje, incluindo o trágico 11 de setembro, quando, nos EUA, as Torres Gêmeas veio abaixo e, da noite para o dia, o mundo mudou.
Foi eleito o Melhor livro do ano e teve seus direitos de edição vendidos para 29 países e, em 2007, apareceu nas telas de cinema do mundo todo.
Contém alguns conceitos interessantes. Por exemplo, “Estar quieto é baixar o botão do volume da vida. O silêncio é pressionar o botão para desligar. Desligar tudo”.
É um romance best seller, inesquecível, que fica na nossa memória por anos a fio. Ele realmente mexe com nossos sentimentos. As lágrimas rolam pelo rosto desde os primeiros capítulos. Por isso, eu o recomendo aos meus leitores.
E pra finalizar, uma pergunta: você que é pai já participou de uma conversa de homem pra homem com seu filho?
Pense nisso!



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