Aquecendo a Vida

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terça-feira, 31 de março de 2015

ABRACADABRA

“Vós sois deuses” (João 10,34)



De Itararé para Itapeva atualmente compensa ir de ônibus Circular. Principalmente para o idoso, que não paga nada. Foi o que fiz, apresentei meu documento de identidade e lá estava sentado numa confortável poltrona, quando num dos pontos seguintes entrou uma jovem e sentou ao meu lado.
De repente ela pediu:
− Ligue a internet, por favor.
A Cobradora apertou uma tecla próxima ao teto do ônibus e respondeu:
− Pronto! Já está funcionando.
Notei que alguns se conectaram ao mundo virtual pelo celular. A jovem percebeu a minha curiosidade e afirmou:
− Trabalho em Itapeva e com a internet ligada adianto meu serviço. 
Voltei no tempo da minha juventude. Quanta diferença com a realidade atual! Num passe de mágica as pessoas tinham ali, na estrada, dentro do ônibus, em alta velocidade, toda a informação do mundo!
Dei asas à imaginação e pensei: “será que estamos nos finais dos tempos! Aperta-se uma tecla e se conecta com a empresa onde trabalha. Aperta um botão e fecha o carro. Aperta um controle e liga a TV, o rádio, o alarme, a luz... E a conversa pelo celular pode ser em tempo real, vendo a outra pessoa!”.
E a Mecânica Eletrônica? Carros novos com módulos de injeção e centrais de comando, etc., que basta um programa de escaneamento e já se descobre os defeitos. E pasmem! Com um comando no aparelho corrigem-se esses defeitos!
“Abracadabra! Em que mundo nós estamos!” – sussurrei. É facebook, e-mails, blogs, youtube, Google, sites…   
Usei a palavra certa para essa parafernália toda: “abracadabra”. Pois, vivemos o mundo de Deuses. Tantas são as invenções e os avanços tecnológicos.
Você ouve essa palavra e já imagina um Mágico tirando coelhos da cartola.
Palavra de virtudes mágicas, ela tem sua origem no antigo aramaico que significa “vou criar de acordo com o que eu falar”. Por isso é que ela está ligada aos mistérios da cabala e do ocultismo.
Thomas Edison sempre anunciava a invenção de alguma coisa antes de tê-la inventado. Ele sabia que o pensamento não é bobo, não é coisa à toa. Ele sabia que a mente é instrumento da criação.
Os cientistas pensam, criam e temos então toda essa parafernália!
Por que acontece tudo isso?
A resposta pode ser dada à luz das descobertas da Mecânica Quântica.
Se penetrarmos a matéria de um corpo, descobrimos os órgãos que o compõe. Penetrando nos órgãos descobrimos as células; depois as moléculas; e depois os átomos... Entrando num átomo e descendo para as menores partículas que o compõe encontramos os prótons e os elétrons. Mergulhando ainda mais nessa direção chegamos às menores partículas que a ciência já revelou: Quarks, Bóson de Higgs.
Descendo mais aonde se chega? Chega-se a um Oceano Primordial de Energia infinita. Que é o Todo – a Causa Primária de Tudo, a Inteligência Suprema do Universo, que cria incessantemente...
Fazendo um caminho inverso descobrimos que esse Oceano Primordial, essa Consciência da qual tudo emerge, está no Bóson de Higgs, nos Quarks, nos Prótons e Elétrons, nos Átomos, nas Moléculas, nas Células, nos Órgãos, nos Corpos. Enfim, em tudo que existe.  
O Todo está presente em nosso próximo. O Todo está em nós. O Todo nunca pára! Pensa e já cria. Ele é onipresente, onisciente e onipotente. Ou seja, o Todo está presente em tudo, está ciente de tudo e pode tudo.
Pensamento é energia. Você acionou, funcionou… Como os controles de TV.
Nós somos Espíritos eternos vestidos de carne. Somos Centelha divina e, por isso, também um campo de energia.
Portanto, nada de pensamentos maus!
“Os pensamentos dos justos são cheios de retidão” (Provérbios 12,5).
“Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos” (Eclesiástico 30,22).
Cuidado com sua mente! Pense positivamente e tenha tudo de bom que o universo pode lhe proporcionar. Lembre sempre da recomendação do Mestre: “Eu vim para que tenham vida e para que a tenham em abundância” (João 10,10).
Seja um Mágico da Vida. Jogue pra ganhar e receber aplausos! Da Cartola do Amor tire tudo o que você quiser!

Abracadabra! SOMOS DEUSES! 

domingo, 22 de março de 2015

A CONTA RELACIONAL

“Nas nossas contas bancárias financeiras fazemos depósitos e retiradas, esperando nunca ficar a descoberto”.



A metáfora da conta relacional nos ensina a importância de manter saudável o equilíbrio dos relacionamentos com as pessoas importantes de nossas vidas, inclusive as que lideramos.
Em palavras simples, quando conhecemos uma pessoa, o saldo, da conta de relacionamento com ela, é neutro, porque vamos iniciar um conhecimento. À medida que o relacionamento amadurece, porém, fazemos depósitos e retiradas nessas contas imaginárias, baseados na forma como nos comportamos.
Por exemplo, fazemos depósitos nessas contas sendo confiáveis e honestos, dando às pessoas consideração e reconhecimento, mantendo nossa palavra, sendo bons ouvintes, não falando de outras pessoas pelas costas, usando a simples cortesia de um olá, por favor, obrigado, desculpe, etc.
Fazemos retiradas, sendo agressivos, descorteses, quebrando promessas e compromissos, apunhalando os outros pelas costas, sendo maus ouvintes, cheios de empáfia, arrogância, etc.
Essa idéia da conta relacional ilustra porque devemos elogiar as pessoas em público e não puni-las, sabe por quê?
Porque quando punimos uma pessoa publicamente, é óbvio que a envergonhamos na frente de seus amigos, o que é uma enorme retirada de nossa conta com essa pessoa. Mas, além disso, quando humilhamos alguém em público, também fazemos uma retirada da nossa própria conta relacional com todos aqueles que presenciam, porque chicotadas em público são constrangedoras e horríveis de presenciar, e as pessoas se perguntam: “Quando será a minha vez?”. Nesse sentido, uma das formas mais eficientes de fazer retiradas relacionais é punir alguém publicamente.
O mesmo princípio é verdadeiro quando elogiamos, consideramos e reconhecemos alguém publicamente. Não apenas fazemos um depósito em nossa conta com a pessoa que elogiamos, mas também fazemos depósitos nas contas que temos com aqueles que observam.
Para cada retirada que você faz em sua conta com uma pessoa são necessários quatro depósitos para voltar a ficar igual. Uma proporção de quatro para um! Isso significa que devemos ser muito cuidadosos ao fazer retiradas da conta dos outros porque o custo pode ser muito alto.
Pense, por exemplo, na confiança. Podemos passar anos nos esforçando para construí-la e ela pode ser perdida em um instante por uma simples indiscrição.
Este é o resumo do texto contido no best-seller de James C. Hunter, “O Monge e o Executivo – Uma História Sobre a Essência da Liderança”.
Realmente é interessante a questão do relacionamento humano colocado dessa forma. Porém, fica uma pergunta no ar: por que geram depósitos ou retiradas?
Pode-se argumentar que a resposta está numa das leis de Deus: a Lei Moral da Causa e Efeito ou Lei do Retorno, fundamentada no seguinte princípio dito por Jesus em Mateus 26, 52: “Embainha tua espada, porque todos aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão”, ou dito de outra forma “quem com ferro fere com ferro será ferido”.
Princípio semelhante ao que o Físico Isaac Newton denominou de Lei de Ação e Reação. Pois, quando você joga uma pedra para cima, sabe que ela cai de volta. Assim diz a ciência que também para cada ação há uma reação igual e contrária.
De forma similar, no campo da energia do relacionamento o que você lança recebe de volta na mesma medida.
Ações boas de relacionamentos são depósitos porque nos trazem de retorno emoções e sentimentos de prazer, alegria, contentamento, felicidade. E que nos faz uma pessoa educada e simpática para os outros. São depósitos porque são dividendos que aumentam nosso crédito pessoal com nossos semelhantes. 
Já os maus relacionamentos são as retiradas porque nos torna um ser mal educado, antipático e desacreditado para o nosso próximo. E esse descrédito gera dívidas, que um dia teremos que pagar. E pagar de que forma? Fazendo o bem aos nossos semelhantes, ajudando, ajudando, amando, amando, praticando a caridade. 
Diz o ditado, “Quem semeia vento colhe tempestade”. Da mesma forma, podemos então dizer que “Quem semeia o Bem há de colher o Bem”.


“Evite machucar o coração das pessoas. O veneno da dor causada a outros retornará a você” (Código de Ética dos Índios Norte-Americanos). 

quinta-feira, 12 de março de 2015

A CADEIRA

Cada um deve orar conforme suas convicções e do modo que mais lhe agrade.
        


O sacerdote foi chamado para orar por um homem muito enfermo.
Quando o sacerdote entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama com a cabeça apoiada num par de almofadas.
Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o sacerdote a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.
– Suponho que estava me esperando?
– Não, quem é você?
– Sou o sacerdote. Sua filha me chamou. Quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-lo.
– Ah, sim, a cadeira! Feche a porta.
Então o homem enfermo lhe disse:
– Nunca contei para ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar. Nunca dei muita importância para a oração. Pensava que Deus estava muito distante de mim. Assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a idéia de falar com Deus. Até que um amigo me disse:
“José, orar é muito simples. Orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer... Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: ’Eu estarei sempre com vocês’. Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora”.
– Pois assim eu procedi e me adaptei à idéia. Desde então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja..., pois, senão me internaria num manicômio!
O sacerdote sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo, e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca de fazê-lo. Em seguida, orou com ele e foi embora.
Dias depois, a filha comunicou ao sacerdote que seu pai havia falecido.
O sacerdote então perguntou:
– Ele faleceu em paz?
– Sim. Quando eu ia sair, ele me chamou ao seu quarto e disse que me amava muito e até me deu um beijo. Quando eu voltei das compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto.
Porém há algo de estranho em relação à sua morte, pois aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela. Foi assim que eu o encontrei.
– Por que será? – perguntou a filha.
O sacerdote, emocionado, enxugou as lágrimas e respondeu: “Ele partiu nos braços do seu melhor amigo...”
Esta mensagem, que circula através do ciberespaço, é uma referência para quem busca entender as preces como inteligíveis – aquelas que têm valor pelo pensamento que as informa.
Tanto assim, que Jesus define como condições da prece: não se colocar em evidência e orar em secreto; não orar demasiado, porque não é por muitas palavras que os pedidos serão atendidos; e ter antes perdoado aqueles contra quem tenha qualquer coisa, para que a prece seja agradável a Deus.
A prece nos coloca em relação mental com Deus pela transmissão do pensamento. Para entender isso é preciso imaginar que estamos mergulhados no fluido universal, o qual é impulsionado pela vontade – o veículo do pensamento, assim como o ar é o veículo do som. Mas com uma diferença, as vibrações do ar são limitadas e as do fluído vão ao infinito.
A energia da corrente depende da força do pensamento (vontade).
O poder da prece está, pois, no pensamento, e não depende, portanto, nem das palavras, nem do lugar, nem do momento, mas que sejam ditas de coração e não apenas com os lábios.
A mente é muito poderosa, sabe por quê? Porque se você tiver um pensamento por segundo terá algo em torno de 86 mil pensamentos por dia. E o pensamento é a energia que cria tudo que você vê na vida.
O pensamento tem uma vibração ao ser emitido e, dependendo da força de sua vontade, ele vai e volta para você como um bumerangue de retorno. Ele traz de volta, pela lei natural de ação e reação, as coisas boas pra você – se o seu pensamento emitido foi bom.
Mas, se você tem duvida, ele traz descrenças; se você receia, ele traz medos; e assim por diante... O pensamento que você lança recebe de volta na mesma medida.

Portanto, lance pensamentos de amor, pratique a caridade e transforme sua vida recebendo de Deus um manancial de bens e bênçãos que o surpreenderá!

segunda-feira, 2 de março de 2015

RENOVAÇÃO

O mundo vai melhorar se você se renovar.
        


A águia chega a viver 70 anos. Aos 40 anos, suas unhas compridas e flexíveis não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico alongado e pontiagudo curva-se. Suas asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das pernas apontam contra seu peito e voar torna-se difícil. A águia então só tem duas opções: morrer ou enfrentar um processo doloroso de 150 dias de renovação.
Esse processo consiste em voar para o alto da montanha e recolher-se em seu ninho. Ali bate violentamente o bico contra uma pedra até arrancá-lo. Espera nascer um novo bico para então arrancar suas próprias unhas. Quando nascem suas novas unhas passa a arrancar suas penas envelhecidas. Cinco meses depois sai para o famoso vôo de renovação. E vive mais uns 30 anos.
A renovação da águia pode ser aplicada ao ser humano de duas maneiras: uma relacionada com a práxis da mudança interior; e outra com a doutrina das vidas sucessivas.
A práxis explica o progresso da humanidade, pois se a gente muda o modo de pensar, muda também o modo da gente viver. Você muda, o mundo muda... É ação que provoca uma reação (práxis). Uma ação com conseqüências... Que provoca transformação! É a lei natural de causa e efeito.
O evangelho sugere essa renovação constante no texto de Mateus (7,7): “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á”. Pois quando você aceita esse convite e busca melhorar, começa a se burilar. Situações novas... Outros caminhos a percorrer...  Enfim, você se transforma.
O texto de Mateus (6,33) tem um ‘porém’: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo”. Ou seja, a renovação tem que ser da alma. Ir-se deixando os vícios e abrindo espaços para acrescentar as virtudes e valores humanos. É amar o próximo e fazer o Bem sempre...
Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida e para que a tenham em abundância". (Jo 10,10); “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).
“Renunciar ou negar a si mesmo” é deixar de ser o que você é para se transformar numa pessoa diferente, melhor, renovada. É progredir (evoluir).
Faço o Bem e já sou outra pessoa! Pesquiso, me instruo e já não sou o mesmo! Continuo pensando e buscando algo mais elevado da vida e amanhã serei outro ser totalmente diferente de agora.
“Seguir Jesus” é evoluir fazendo o Bem sempre. No começo é um pouco demorado, mas depois vai embalando, como um carro que sai devagar e vai acelerando até correr em alta velocidade.
A meta deve ser o Reino de Deus.
E se não atingir a meta nesta vida?
Pelo evangelho, nenhuma ovelha desgarrada ficará perdida.
Você morre e nasce de novo, quantas vezes for preciso pra chegar lá! Essa é a doutrina das vidas sucessivas ou das pluralidades das existências. Vai para o plano espiritual e volta outra vez pra cá, para o mundo material. Vai e volta. É lá e cá, até atingir a meta prevista.
Como a águia você sobe a montanha, deixa a veste física esfarrapada, recolhe-se no ninho espiritual, até surgir uma nova oportunidade num corpo renovado, livre do passado de erros, para continuar seu processo de renovação.
A crença no nascer de novo é condição “sine qua non” para a evolução plena da alma.  Significa o retorno do espírito ao corpo tantas vezes quantas forem necessárias para desenvolver suas potencialidades. É o renascimento no corpo físico. A única crença que pode explicar a justiça divina e dar novas esperanças às pessoas, proporcionando os meios de resgatar seus erros.
Atualmente essa crença encontra-se em todos os meios sociais, pois é algo perfeitamente lógico para quem tem “olhos de ver” como ensinava Jesus.
Em João (3,3-7) o Mestre respondeu a Nicodemos, “em verdade, em verdade digo-te: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo”; e depois reiterou: “Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo”. Jesus falava justamente da RENOVAÇÃO, que é necessária a todo aquele que busca um vôo de vitórias, livre do peso dos erros do passado.

Você está pronto para ser uma águia?