Calma e
paciência são requisitos de esperança!
No
livro “O Contador de Histórias” de Roger Feraudy – Editora do
Conhecimento – 1ª edição de 2005 – há uma história interessante, adaptada a
seguir, ao tema em epígrafe.
João
é um contador de histórias, que certa vez, ao ser favorecido por uma pessoa,
disse-lhe:
—
O senhor foi muito bom para mim; e gostaria de retribuir-lhe toda essa bondade
com a única coisa que sei fazer: contar histórias. O senhor gosta de histórias?
—
Gosto muito.
—
Então, vou lhe contar uma de minhas prediletas – disse João.
— Um homem muito sábio e muito justo –
começou – foi preso injustamente por ordem de um poderoso monarca de certo
reinado. Os motivos de tal reclusão são um tanto obscuros, porém o certo é que
o homem se viu subitamente encerrado em
uma torre muito alta, completamente isolado, onde passaria o resto de seus
dias confinado num pequeno círculo.
A
esposa, com um filho ainda pequeno, se desesperou, desatando a chorar,
preocupada com a manutenção da casa e do pequeno rebento – fruto de seu
matrimônio. À tardinha, ela dirigiu-se ao local onde haviam aprisionado o marido,
nos confins da cidade, e aflita, postou-se
ao pé da torre.
O
marido, assomando à pequena abertura que servia de janela, procurou acalmar a
mulher, jogando-lhe uma pequena pedra embrulhada em um pedaço de papel.
“Leia
o papel”,
gritou com quantas forças tinha o prisioneiro.
No
bilhete achava-se escrito: “Não se desespere. Tenha confiança em mim.
Traga o mais depressa possível um besouro, mel de abelhas, quatro metros de
linha fina, quatro metros de barbante e quatro metros de corda bem resistente”.
Sem
entender nada, a mulher, que era obediente, se deu pressa em executar as ordens
do marido. Pouco depois, voltava com os objetos solicitados e nova pedra foi
lançada contendo mais instruções.
Dizia
o segundo bilhete: “Unte as antenas do besouro com mel e amarre no corpo dele a linha
fina, depois o coloque na parede da torre e deixe que sua natureza execute o
trabalho”.
A
mulher assim o fez. O besouro, sentindo o cheiro do mel, começou subir pela
parede em direção ao alto da torre, arrastando, preso ao seu corpo, a linha
fina nele amarrada. Em pouco tempo, ele chegou à janela da torre.
O
homem, segurando o besouro, libertou-o da linha. E, num segundo, jogou a mesma linha
fina para baixo, segurando uma das pontas e gritando bem alto: “Amarre
a ponta da linha no barbante!”.
A
mulher assim o fez, e o homem puxando com a linha o barbante, rápido o segurou.
Em seguida ele jogou o barbante para baixo e novamente gritou: “Amarre
a corda na ponta do barbante!”.
Em
poucos instantes, o homem amarrava a corda num dos ganchos da janela e,
calmamente, descia da torre, juntando-se à mulher.
Não se deve desesperar, mesmo diante das
piores situações
– finalizou João com voz calma, tendo nos lábios um doce sorriso.
* * * * * *
Esta
história de um homem justo que se salva, é ótima pra gente meditar sobre os
problemas da vida!
Embora
São Pedro, na sua primeira epístola (4,18) questione sobre isso:
“E,
se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador?”
Mas
o Eclesiástico (34,9-10), em contrapartida, fala da experiência:
“Que
sabe aquele que não foi experimentado? O homem de grande experiência tem
inúmeras ideias; aquele que muito aprendeu fala com sabedoria”.
"Aquele que não tem experiência pouca
coisa sabe, mas o que passou por muitas dificuldades desenvolve a
prudência".
A experiência é a riqueza da alma! É o
bem que ela leva quando faz a sua passagem para o plano espiritual.
O
desespero, fruto do despreparo, só induz os fracos ao colapso. Pois o leva ao
stress, à ansiedade, à aflição... E assim, qualquer um perde a paciência – a ciência da paz; da
experiência do saber esperar!
Não
conseguindo silenciar a alma, a pessoa se desespera... E a desesperança impede a
conexão com o Criador. Pois...
“A fé [que] é o fundamento da esperança, é uma
certeza a respeito do que não se vê” (Hebreus 11,1).
Obrigada pelo texto, chegou na hora certa. Deus e sua providência… quando abri a msg, recebi a resposta para um problema que eu estava tentando resolver.
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluirExperiência e dela nasce a paciência no sentido lato da palavra
ResponderExcluirFé.
Tudo no seu tempo... 👍🏻👍🏻👍🏻
ResponderExcluirQuanta sabedoria nessa história. Obrigado Aneor por mais essa preciosidade. Vamos divulgar.
ResponderExcluirObrigado Rubens pelos comentários. Que Deus te abençoe!
ExcluirGratidão a todos os comentários!
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